terça-feira, 29 de dezembro de 2009

VERMELHO


Cúpula de roxa gaze esvoaça no espaço suspensa
Evanesce Apolo do sangrento arrebol na branca neblina
Sob da aragem as carícias indolente na grama tu te deitas
Inocente, Éolo teu ruivo cabelo agita correndo pela campina

Sob as nuvens purpuras revoltas de chuva teu rosto em pejo
Arde num rubor que faz vermelho: teu cabelo, rosto, o céu e o sol
Tua cândida pele, húmida, assim rubida, transpira desejo num frémito
Suspirosos seios de marfim que arfam no do alabastro rubro palor

Tudo é vermelho e púrpura, rubro no mais puro branco
Sangue vermelho na campina verde, rubor ruivo na tez tão branca
Sol de sangue na abóbada roxa, sangue lilás em ruivos cabelos
Teus cabelos, teu rosto em pejo, o céu, o Sol, nuvens e Diana

Enrubesce o céu antes azul e de vermelho enegrece
E tua boca carmesim lânguida num derradeiro beijo-
-Adormece- Vermelha aquela tarde, vermelho também o sangue na ruiva relva verde
Carmim era o sangue em teu vestido, vermelho foi o dia, menina
Em que fui o teu primeiro

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