quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

AS LÁGRIMAS QUE NUNCA TE DEI



Ai! As lágrimas que já chorei
Sozinho nas noites desesperadas
São doridas sim, mas não tão amargas
Quanto as que jamais chorei
Das dores que tenho inda aqui gaurdadas
Ai! Os gritos de dor que eu gritei
Rasgaram-me, anjo, fundo n´alma
Mas estes brados que sozinho dei
Não abriram feridas mais fundas
Nem me deram dor mais lancinante
Que os gritos que guardo e ainda não gritei
E ai! As vezes que sozinho
Nas noites insones disse: "Eu te amo!"
E todos os versos que escrevi pra ti e que nunca leste
Não são mais belos e nem mais tristes
Que os versos, anjo, que inda guardo
Trancados dentro aqui comigo
Não são também mais doloridos
Que os meus "Eu te amo" nunca ditos
Ó e tu nunca veras sequer
As lágrimas que já chorei
Quanto mais então aquelas
Que em minh´alma ocultei
Meus gritos- não ouviras. Não leras meus versos
Nem os que gritei, também o que escrevi
Menos ainda, minha linda
Os que guardo dntro de mim
E eu morrerei por ti
E quem sabera?
Ninguém ha de sabe-lo
Menos ainda tu!
Ai! Tão tristes as Lágrimas que nunca dei-te
Ai! Tão belos os versos que nunca lestes
Ai! Tão ternos os "Eu te amo" que nao ouvistes
Mas tu, criança minha, tu nunca os ouvira na vida
Morrerão comigo sozinhos e farão eco
A minha dor eterna na cova funda
Ai! E tu não visitaras uma vez sequer eu sei
Minha solitária sepultura

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