domingo, 31 de janeiro de 2010

RESSACA DE TI

Mirei o fundo do copo
E nele vi tua face
Te traguei em goles tácitos
E pedi nova dose
Estava lá: ainda tão cândida e bela!
Como dantes
Inferno de Dante!
Não mais menina, agora mulher
Em morosas palavras ardentes
Te sorvi em poesias lânguidas
E de ti me embriaguei
Te senti por minhas veias correr
A cabeça tontear
E minha alma enlouquecer
Passei mal e vomitei
Cada gota de vodka e de conhaque
Mas a ti não expurguei
Abstémio que hoje sou
De teu vício não me curei
É, tu és meu vicio, minha doce droga maldita
Minha grande embriagues de sempre
Minha eterna ressaca pálida
Ainda sinto teu gosto em minha boca
Vou escovar os dentes

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