terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

CONSTANTEMENTE INCONSTANTE

Quando és dia eu estou noite
Quando estas noite eu sou dia
Constantemente inconstantes
Floresço no outono
Feneces na primavera
Meu sol nasce no teu crepúsculo
Tu te pões em meu alvorecer
Somos inverno no verão e Estio no inverno
Morremos quando devemos nascer
E nascemos no do universo o velório
Constantemente inconstantes
Nevarei em teu verão
E tu serás o sol ardente de meu inverno
Contigo sempre me surpreendo
E sou imprevisível até mesmo comigo!
Te procuro quando não me queres
Desejas-me se não te procuro
Se lhe voto ódio me amas
Mas se te amo me desprezas
Não nos encontramos nos extremos dessa contenda eterna
Mas, ao contrário, é no meio dessas mudanças todas
Dessas nuances em movimento
Escala de contradições e paradoxos
Que, estupefactos, nos chocamos
E é então que nos amamos

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