quarta-feira, 10 de março de 2010

ASAS ENCLAUSURADAS

Asas enclausuradas por grades de monotonia
querem voar
Coração amordaçado por correntes de agonia
quer amar
Pernas convulsas saturadas d´uma juventude já perdida
querem dançar!

Ó frustração! Ó frustração!
Porque me bates assim tão forte com teu açoite?
Ódio, revolta, tédio e melancolia- que numa orgia copulam
No lugar perdido do mundo
Onde sonhos não muito duram

Ó solidão! Ó solidão!
Velha sorrateira solidão porque vens
Toda noite visitar-me sempre nova?
Sempre outra, sempre a mesma
Vontade de morte
Me de um farol, me de uma estrela
Um guia, um norte!

Ó, é de novo noite- madrugada é
Ouço os sinos plangerem agonia infinda
Ó, é a mesma historia, vida imóvel, vegetativa é
Catatonica!
Tédio, monotonia, humilhação...
O, vidinha!...

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